No último episódio, a Jessie, o James e o Meowth foram
transportados para um mundo como o nosso, com a pequena particularidade de ter
mortos-vivos a deambularem por lá.
- E agora? O que fazemos? – diz o James, inclinando-se para
os parceiros.
- Bem, talvez seja melhor ficarmos aqui. – responde o
Meowth, fechando os olhos e cruzando os braços, pensativo.
- Estás doido? E se aparece mais uma aberração destas? – diz
a Jessie, claramente preocupada.
- Pensa um pouco, pá! Se eles arranjarem forma de abrir um
portal, de certeza que abrirá no mesmo sítio! – argumenta o Meowth.
Subitamente, o Wobbuffet sai da Pokébola e diz “Wobbuffet!”.
- O Meowth tem razão. Montaremos aqui uma casa e não
sairemos daqui até ao fim desta história! – afirma o James.
- Que seca… - a Jessie continua a não concordar.
- Wobbuffet! – o Pokémon azul está a uns 2 metros deles.
- Então… Nós não somos a Lenda, mas vamos construir uma
tenda! – diz o James, entusiasmado, mas sem razão.
- WOBBUFFET! – grita agora o Pokémon da Jessie, bem mais
alto!
Os três viram-se para ele. Reparam que ele está a olhar para
algo que está no chão. Aproximam-se e percebem rapidamente o que se passa.
- Oh! – os olhos do Meowth abrem-se de espanto – Isto é do
nosso mundo!
- Parece mesmo! Será do portal? – questiona o James.
Era um pequeno objecto circular, tal como um OVNI, mas era
totalmente negro e, no topo, tinha uma esfera do mesmo vidro negro que havia no
aparelho que os transportou para este mundo.
- Mas como podem ter a certeza que é do nosso mundo? É por
ser animado e tudo o resto que há aqui não é? – a Jessie é perspicaz quando
quer.
- Naturalmente. Mas, além disso, está aqui uma inscrição! –
descobre o Meowth.
Então, os três aproximam-se e lêem o que está escrito no
aparelho.
“Portaltil. Desenvolvido por: Team Galáctica. Mantenha
sempre consigo o Portatil em caso de viagens interdimensionais. O portal será
sempre aberto em redor do Portaltil. Não passe o Portatil a ferro.”
- Genial. Isto muda tudo! Podemos ir onde quisermos, desde
que mantenhamos isto connosco!
- Então vamos passear! – a Jessie e o James estão bastante
animados! Mal sabem eles o quão perigosa é esta terra.
Decidem caminhar em direcção ao centro urbano. “O que é que
pode correr mal?”, disse a Jessie para os persuadir a irem. Pelo caminho,
deparam-se com vários cadáveres em decomposição, mas, felizmente, nenhum deles
se parecia querer levantar para os atacar.
- Olhem ali! – o James vê algo. Os três olham para onde ele
aponta e vêem três cadáveres em pé a olharem para eles, em cima de um jardim de
uma das casas!
Eram três mortos-vivos. E vinham em direcção à Team Rocket.
- Escondemo-nos? – pergunta a Jessie, não muito preocupada.
- Nada disso. Vamos lutar!
- Sim! Vamos a isto! – conclui o James.
Os zombies estão agora no meio da estrada, ainda nos
subúrbios, perante a Jessie, o James e o Meowth.
- Aproximem-se, amigos!... – desafia a Jessie, confiante.
Ouvem um “argh” dos ambulantes e, de repente…
- Não são três anormais que nos tiram do sério… - Ouve-se a
música de fundo do lema.
- …Podem crer que irão voltar para o vosso cemitério! – o
James sorri com malícia.
- No vento!
- Nas estrelas!
- E não o deixamos ao vosso critério!
- Trazendo caos a um ritmo assustador!
- Destruindo a esperança e semeando o terror!
- Se dermos outro nome à rosa, o cheiro é igual!
- E o trabalho só acaba quando as coisas ficam mal!
- Jessie!
- E James!
- E o meu nome é Meowth!
- Pomos os mortos-vivos no seu lugar…
- …Somos a Team Rocket!...
- E estamos no ar! – e acabam assim o lema, numa pose
ridícula.
- Isto deve ter-lhes ensinado com quem é que se estão a
meter! – diz a Jessie, mostrando o punho.
- Bem… Talvez… - o Meowth não parece muito confiante disso.
A Jessie e o James pegam ambos numa Pokébola e o Meowth mostra
as suas garras.
- Yanmega, vai!
- Carnivine, ataca! – o Pokémon aparece, mas ataca
afectuosamente o James – Não a mim, vá lá, pára! – o James repele-o.
- Yanmega, usa Bomba Sónica!
A Pokémon da Jessie usa o ataque num dos mortos-vivos, que é
projectado para o chão.
- Carnivine, Semente Bala!
A sementes balas explodem ao atingir um dos mortos-vivos,
que se curva.
- E agora eu! – o Meowth prepara-se para atacar – Vai,
Seviper!
- O quê? – dizem ao mesmo tempo os humanos.
- Eheh, eu cá não quero ser mordido! – justifica o Meowth,
sorrindo com embaraço. Com a Pokébola do Seviper na mão, liberta o Pokémon, que
olha surpreso para o Meowth e para a Jessie.
- Eh, faz o que ele te diz, ok? – diz a Jessie, um pouco
confusa.
- Não se preocupem! Seviper, vai para trás do zombie e usa
Cauda Venenosa nas suas costas!
O Pokémon obedece e, para surpresa da Jessie e do James, o
zombie cai estatelado no chão, de braços abertos e de barriga para baixo.
- Óptimo! Agora concentrem-se nos vossos dois, tentem
deixá-los imóveis!
- Certo! Carnivine, atira-o contra o poste com Chicote de
Hera!
O Carnivine prende os dois braços do zombie com o chicote e
projecta-o contra um poste de iluminação, batendo o zombie nele de costas!
- Muito bem. Agora agarra naquele tronco caído e deixa-o
cair para cima do zombie!
- James, será que é preciso ser tão violento? – pergunta a
Jessie, hesitante.
- Claro que é. Quando o papá e a mamã me deixavam a sós com
os mordomos, eu via toda a espécie de filme de terror. Cheguei a ver “A
Maldição dos Mortos-Vivos” e outros. Sei bem com o que estamos a lidar, e
acredita que não são nenhuns Totós. Só pararão quando nos tiverem devorado
todos! – o James sabe do que fala.
- O QUÊ!? – dizem a Jessie e o Meowth ao mesmo tempo. – E só
agora é que nos dizes isso?
- Calma. Temos de atacar a cabeça deles. Só causando danos
ao cérebro destes animais é que eles morrem definitivamente.
- Isso já devia ter surgido em conversa, mas… Ok, Seviper, Cauda
Venenosa na cabeça do morto-vivo!
O Pokémon mostra-se apreensivo. O Seviper olha para o Meowth
e depois pára ao olhar para a Jessie. Esta acena na cabeça e diz “Não há
problema.”. Então o Seviper dirige-se rapidamente para cima do monstro…
- Seviper! – sibila o Pokémon.
… E usa ferozmente o Cauda Venenosa, em cheio no crânio do
zombie, que se quebra. O Pokémon Víbora afasta-se rapidamente para evitar ficar
sujo.
- Muito bem! – a Jessie fica orgulhosa do seu Pokémon, e
também está surpresa com a mestria do Meowth ao dar ordens a um Pokémon – Agora
é a minha vez! Yanmega, usa Poder Antigo!
O Poder Antigo atinge o zombie, mas não o destrói.
- Hmm… - a Jessie está um pouco à nora, mas tem uma ideia –
Usa Poder Antigo mais uma vez, mas acompanha o seu movimento com Asa de Aço até
à cabeça do morto-vivo.
A Yanmega obedece e, apesar de não haver tantos danos
visíveis no zombie, a verdade é que ele cessa finalmente os seus movimentos.
Houve danos internos!
- Linda, Yanmega! – a Jessie está muito orgulhosa.
E o James? Após o Carnivine ter atirado com um tronco para
cima do zombie, não o atingindo na cabeça por milímetros, o próprio James
agarra num pedaço de um cano caído no chão e, surpreendendo tudo e todos, bate
na cabeça do morto-vivo com o cano, destruindo-lhe a cabeça e deixando-o
irreconhecível.
- Isto é pelo Roger! – diz o James, lembrando-se,
obviamente, do filme “A Maldição dos Mortos-Vivos!”.
A Jessie e o Meowth fazem os seus Pokémon retrocederem e
olham para o James. Ele tem mesmo ódio por zombies! O James olha para eles,
sorri embaraçado e deita fora o cano, agradece ao Carnivine e põe-o também na
Pokébola.
- Foi canja! – a Jessie está satisfeita consigo mesma e com
os seus Pokémon.
- Sim! Este mundo está no papo! – o Meowth também está
orgulhoso.
- Vamos até à cidade? Aproveitamos e levamos lembranças ao
chefe! – sugere o James.
- Boa ideia! – diz o Meowth – E se aparecer algum destes
anormais…
- Nós damos cabo deles! Ahah! – conclui a Jessie.
E foram então caminhando até à cidade. Mal sabem eles que
três zombies não são a mesma coisa que centenas deles. Nem o James, o nosso
inesperado perito, parece ter noção disso. Mas eles lá vão alegremente,
pensando em todos os bónus e promoções que o Giovanni lhes dará quando eles lhe
levarem um porta-chaves deste mundo…